“É verdade que o número de arqueólogos tem aumentado,
mas a informação aumenta muito mais rapidamente.
As escavações e os achados fortuitos contribuem
para este crescimento, mas são, sobretudo, as
técnicas modernas que proporcionam a descoberta
de informações inéditas, particularmente, graças às
ciências naturais. Esta situação é ainda agravada pela
desproporção, que parece difícil de ultrapassar, entre
os meios postos à disposição dos arqueólogos para
reunir os dados e os meios que se lhe atribuem para
tratá-los e publicar. Este paradoxo deve-se a uma
superstição perniciosa corrente também entre os
arqueólogos: pensar que um resultado arqueológico
consiste numa escavação ou num achado. A verdade
é muito diferente: um achado é apenas um começo,
o início de um processo pelo qual o arqueólogo é responsável,
ou seja, a enorme acumulação de dados
inutilizáveis que caracteriza esta orientação científica
já tem efeitos paralisantes.” ( MOBERG, A.C. Introdução à Arqueologia. Lisboa, Edições 70, 1985.)
As grandes descobertas arqueológicas ocorreram por acaso, como foi os Manuscritos do Mar Morto. Mas não podemos deixa de reconhecer que muitos outros tantos achados foram frutos de um trabalho cientifico. E não é só achar, a função do arqueólogo, e sim, entender o valor do achado e toma as medidas para preserva-lo e abrir o leques, variantes e portas que aquele determinado achado pode levar e qual o seu significado histórico.
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