segunda-feira, 30 de novembro de 2009

RAINHA DE SABÁ

Leitura bíblica: I Reis 10.1-13

A rainha ou reino de Sabá estava associado a lendária cidade de Marib até que neste século XX alemães e americanos trouxeram à luz finalmente provas definitivas da existência do reino de Sabá e da cidade de Marib, sua capital. Pouco a pouco os documentos antigos confirmaram a existência deste reino.

Um documento assírio do século VIII antes de Cristo menciona Sabá e um comércio intenso que se fazia com o povo desta terra. O alcorão, livro sagrado dos muçulmanos, faz menção ao reino de Sabá: “o povo de Sabá...tinha belos jardins onde floresciam os mais deliciosos frutos.”

O professor W. F. Albright deu o seguinte parecer após as várias expedições quando voltaram do país do Iêmen: “Esses resultados demonstram a primazia cultural e política de Sabá nos primeiros séculos depois do ano 1000 a .C..”

Os motivos que levaram a rainha de Sabá a visitar Salomão são bem definidas pelo escritor alemão Werner Keller: “A rainha de Sabá deve ter incluído no seu programa muitas questões a serem tratadas. O chefe de um país cujas exportações principais tinham, por motivos geográficos, de passar obrigatoriamente por Israel, devia ter, com efeito, muitas coisas a tratar com o rei deste último. Atualmente designaríamos um assunto semelhante mais concretamente por NEGÓCIOS DE NATUREZA ECONÔMICA.”




Só uma questão ainda não ficou completamente esclarecida. Até então não existe nenhuma documentação que assegura que uma mulher tenha reinado em Sabá. Entretanto não se estranharia se em breve alguma descoberta arqueológica nos traga este elo, pois até o
Egito já teve mulheres no trono, uma foi Hatshepsut e a outra foi Tewosre. Em Israel havia em tempos remotos uma juíza que chefiou o exército chamada Débora. Outra expedição cabível é que a mencionada “rainha de Sabá” tenha sido uma representante diplomática do seu país que inclusive em sua bagagem levava presentes reais para o rei Salomão.

Resta-nos dizer que existe uma tradição judaica que afirma ter a rainha de Sabá ficado grávida de Salomão dando origem aos judeus negros do norte da África. Para quem teve mil mulheres como Salomão há muitas probabilidades desta tradição estar certa (I Reis 11.3; Cantares 6.8).

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